terça-feira, 29 de março de 2011

Fome-Física x Fome-Emocional

Você está com fome de quê????

Procurando dicas acerca dos benefícios da corrida na saúde, deparei-me com esse tópico que eu não poderia deixar de postar pra vocês.

O texto é simples e propõe estratégias práticas para identificar quando comemos para além da necessidade de comer, mas sim para ter outra função no organismo.

Aqui vai o texto:
Precisamos partir do princípio de quem controla a comida somos nós e não ela.

Algo errado nessa frase???

É imprescindível poder identificar e escolher , o não pode comer, do que não se quer comer?

Pergunto por que quando pensamos emagrecimento, o primeiro pensamento que ocorre é o de: Não vou poder comer chocolate... Que pensamento desesperador esse não?

A grande questão não é deixar de comer o que se gosta, e sim, poder comer um pouco do que se gosta, por exemplo, um bombom.
Isso é o que chamamos de satisfação, e comportamento de se comer a caixa toda é compulsão.

O segredo é criar consciência do porque está comendo; se está com fome, se é só para acompanhar alguém, ou porque está descontando emoções na comida... E se perguntar sempre, o porquê está comendo.

Diante dessas questões, claro, o único caso que deve ser resolvido com comida é a fome. Se estiver triste, chore; se está ansiosa, tome um banho, relaxe, respire fundo; O importante é vivenciar as emoções e resolver cada uma delas com a solução mais adequada.
A partir daí você vai começar a perceber a diferença entre fome-física e fome-emocional e vencer a compulsão. Essa percepção e o reconhecimento das duas situações distintas abrem seu leque de opções, te dando instrumentos para lidar melhor com essas situações.

É você quem vai decidir se come ou não come, é você que tem que ter o controle sobre essa situação.

O que fazer...

- faça um diário alimentar, o deixe sempre perto de você. Ele tem uma função de registrar e deixar concreto o que se come.

- procure um profissional para lhe passar uma dieta equilibrada, pois a alimentação restritiva, só vai contribuir para ter novas crises de compulsão.

- o fato de começar a fazer uma reeducação alimentar, não quer dizer que nunca mais poderá comer seus alimentos preferidos, e sim, vai restringí-los um pouco, para que se cortem os excessos. Muitas pessoas querem comer tudo de uma vez, como se fosse a única vez que poderiam ver aquele alimento a sua frente.

- temos que comer para nos nutrir, é uma questão de sobrevivência. Após comer o que seria necessário para esta finalidade, devemos no levantar da mesa e procurar outras formas de satisfação, como um bom banho relaxante, sair para dançar, caminhar, ler um livro, visitar alguém que estima, e se houver questões mal resolvidas, procurar um auxílio para este fato. Assim, a comida vai ocupar o seu devido lugar.

- quando perceber que perdeu o controle sobre sua alimentação, ao invés de jogar tudo para o alto e comer ainda mais, lembre-se de que é uma pessoa humana, que como todas nós, tem deslizes, caímos, e pode levantar e prosseguir em diante, recomeçando novamente sua reeducação.

- lembre-se de seguir a orientação da nutricionista, de comer com intervalos de três em três horas. Esse processo evita novas crises de compulsão, alem de manter seu metabolismo ativo.

- após um dia estressante, passe longe da cozinha. Primeiro faça um alongamento, beba um bom copo de água e vá tomar um banho. Assim, vai estar mais calma e preparar com mais cuidado sua refeição.

- sente-se e faça suas refeições com calma. Converse com os familiares, troque informações, afeto. A comida é somente um ritual necessário. Lembre-se disso!

O mais importante, é que após tomar todas as medidas necessárias para perder peso, mesmo assim não conseguir emagrecer por não manter as orientações, é procurar um Psicólogo para poder compartilhar e solucionar, daquilo que não está determinado somente na necessidade orgânica de se alimentar, ou melhor, trabalhar o porquê está precisando se alimentar de comida e não de afeto, de carinho, de alegrias, de realizações.

O foco é identificar o que em você não está sendo bem canalizado, preenchido, que a comida está tendo que tapar...

Luciana Kotaka
Especialista em obesidade e transtornos alimentares
Psicóloga Clínica – CRP-08/06502-1
www.comportamentomagro.com.br
Curitiba - PR
 
 

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