terça-feira, 26 de abril de 2011

Vamos para o Chile??? XII Congresso de al Sociedad Latinoamericana de Neuropsicología

Esse Post é para informar a Sociedade Científica da Psicologia acerca de um evento importantíssimo que irá ocorrer ainda esse ano!

A décima segunda edição do Congresso da Sociedade Latinoamericana de Neuropsicologia irá acontecer no Chile, nos dias 7, 8, 9 e 10 em Santiago, com o tema: A Neuropsicologia se encontra no Chile!

Os convidados incluem: Michael Gazzaniga, Ph.D. em Psicobiologia na Universidade da California, Annete Karmiloff-Smith, Doutora em Psicologia Genética e Experimental pela Universidade de Geneva, Bryan Kolb, Ph.D. pela Universidade de Ontario e Montreal, Marcela Monafina, Ph.D. em Neuropsicologia pela Universidade de Nova Iorque.

As atividades do Congresso estarão divididas em: Poster, Simposio, Cursos e Palestras.

Os trabalhos podem ser enviados até o dia 14 de maio! Então, aproveitem para articular um trabalho ou um estudo de caso para apresentar no Congresso! Com certeza será de grande contribuição para sua carreira profissional!

O site do congresso é: http://chile2011.slan.org/

Espero que possam ir!

Abraços!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O que você pensa sobre si?

O que você pensa sobre si, o que você sente acerca de si, a impressão que têm, o valor que se dá, são todos uma forma de descrever o Autoconceito: um conceito que tenta englobar toda a nossa especulação de nós mesmos!

É de muita relevância falar que o tal Autoconceito não é uma construção independente, ou seja, a gente não pensa o que quer sobre a gente! É difícil termos essa autonomia de olhar, pois vivemos em um mundo completamente socializado. É a socialização que nos constitui, e com absoluta certeza, que constitui o nosso Autoconceito. Portanto, gostaria de dizer algumas coisas sobre essa teia de socialização que constrói o autoconceito.
O Autoconceito começa a se construir no berço familiar, pois é lá que se estabelecem os primeiros vínculos, onde na interação com os pais, a criança passa a conhecer o que se espera dela, fazendo dos pais um ponto de referência a respeito de si. Pretende-se que a família contribua para formar um autoconceito positivo, com sentimentos de segurança, mas isso nem sempre é alcançado. Algumas pesquisas tem indicado que o autoconceito pode ser relativamente mais baixo em famílias de pais separados.
Em seguida, vemos que a Escola é de fundamental importância na constituição do nosso autoconceito, pois ela excede o papel de transmitir conhecimentos já que figura como um espaço rico de interações e promoção da socialização dos indivíduos. A escola integra a demanda cognitiva da aprendizagem do conteúdo e do mundo social. O diálogo dessas duas variáveis é determinante para o sucesso da criança nesse contexto, pois ela sente-se cada vez mais segura quando satisfaz as expectativas dos grupos que depositam nela uma demanda, a saber, os pais, os educadores e a sociedade. Os professores passam a fazer parte do referencial das crianças junto dos pais, enquanto que as outras crianças são os parâmetros para o que elas são capazes de realizar. Elas passam a construir a consciência do que podem ou não realizar, então, um fracasso escolar aparece como determinante para o insucesso da criança pois ele é visto como a falha com o compromisso mais acentuado e significante que ela tem nesta fase. Este fracasso pode gerar sentimentos de insegurança e falta de confiança. Quem não conhece inúmeras crianças que não tiveram bom desempenho nas primeiras séries do jardim de infância, mas mesmo assim foram passadas de ano? Isso acontece, pois, em alguns casos, se essas crianças permanecessem na mesma série, elas teriam um prejuízo emocional grandioso, maior do que a disparidade que sofreriam com a série seguinte.
Vê-se então o contexto relacional do autoconceito, como as representações dos alunos acerca das suas capacidades, realizações escolares e as avaliações que fazem dessas capacidades e realizações. 
Falar das correlações do Autoconceito com os Aspectos Físicos são, nos dias de hoje, questões indiscutíveis. A aparência é cada dia mais determinante para a aceitação dos indivíduos pelo meio social, no trabalho, pelo parceiro, contribuindo para que sejam mais bem aceitos, dentre tantas outras vantagens. 


Então deu para ficar mais claro que o que você pensa sobre si não é algo que você construiu sozinho? Embora você não consiga explicar ao certo tantos autoconceitos que tem sobre si, fique certo de uma coisa: você não construiu isso sobre si sozinho! E é por isso que ás vezes você se identifica com uma música, uma poesia, ou com um amigo! A grande sacada é saber como você construiu um autoconceito que talvez se martirize tanto por ele! Encontrar o significado dele pode ser um tanto quanto libertador, e quem sabe você descubra que neste autoconceito tem muito mais conceito dos outros do que seu!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Sociedade da Satisfação x Sociedade da Motivação: O que lhe motiva na sua vida profissional?


Refletindo acerca dos conselhos generalizados de amigos para mim e para outros colegas acerca de estudar para CONCURSO PÚBLICO, consegui delinear um pouco ao que se referem essas pessoas que tem Concuros Público como a opção mais viável de sucesso profissional.
Os motivos que levam uma pessoa a procurar o concurso público quase sempre são os mesmos: bons salários com poucas horas de trabalho, estabilidade, férias garantida, enfim, uma despreocupação com a remuneração e benefícios no trabalho. Estamos falando, portanto, de SATISFAÇÃO. Satisfação é a função de GARANTIR as necessidades básicas de sobrevivência, ou seja, satisfazer é atender ou eliminar uma necessidade (Bergamini et Coda, 1990).
            Você deve estar se perguntando: Mas qual o problema de se querer estar satisfeito no trabalho? Nenhum! O problema está em cair no mito de que Satisfação = Motivação, ou melhor, achar que SATISFAÇÃO é um importante determinante da MOTIVAÇÃO e, por causa disso, um melhor desempenho no trabalho. Aí é onde mora o erro. Satisfação não provoca Motivação e nem é se não tomarmos cuidado, pode nem ser influenciador.
            Você deve estar pensando nos muitos exemplos de profissionais que se dizem plenamente satisfeitos no seus trabalhos, mas será que eles estão MOTIVADOS? Uma coisa é muito diferente da outra! Tenho inúmeros colegas que fazem trabalhos em locais suuper distantes, sem remuneração e com um ambiente extremamente aversivo, mas mesmo assim dizem adooorar o que fazem! Como assim? Como pode uma pessoa gostar do trabalho que faz mesmo que ele não lhe ofereça condições  mais favoráveis para que você exerça o trabalho com maestria? Antes de falarmos no que é mais importante para cada pessoa em cada momento de vida, se Satisfação ou Motivação, vamos falar no conceito de motivação.
            Motivação é uma experiência interna, como uma força que emerge, regula e sustenta nossas ações, desde as mais simples às mais importantes. Esta experiência é baseada nas necessidades do intelecto, ou seja, necessidades de crescimento com base nas recompensas intrínsecas da realização de um trabalho. Quem nunca ouviu exemplos de pessoas que não tinham nada e que de tanta “força de vontade” ou “determinação” conseguiram fazer o que queriam? Ou aquela pessoa que tinha dificuldades ou problemas com saúde, mas conseguiu se superar, tornando-se quase um atleta? Esses são exemplos vivos da Motivação. E, a ordem dos fatores altera o produto, pois Motivação pode provocar Satisfação.
E de onde vem essa motivação? Ela vem da importância que você dá às diversas coisas que orientam sua vida. Rusticamente, pode-se dizer que a motivação está baseada na construção de valores como representações cognitivas das suas necessidades e seus motivos. É daí que você irá traçar suas metas e intenções.
Retornando para o tema deste post “Sociedade da Satisfação x Sociedade da Motivação: o que lhe motiva na sua vida profissional?”, sinto-me extremamente a vontade para lhe alertar para algumas coisas. Você é provavelmente aquela pessoa que está estudando para um monte de prova de concurso para ver em qual deles você passa. Ou você tem um trabalho que considera mais ou menos e sempre que vê alguém passando em um concurso fica com aquela pontinha de inveja dos benefícios que ele irá obter no cargo. Ou você já é até concursado, mas está se preparando para outra prova de um cargo melhor. Nesse caso, é muito claro que estamos tratando de Satisfação, não é? Então já que você tem escolhido o caminho da satisfação para procurar um trabalho, preciso informá-lo que dificilmente você poderá dizer que está realizado no trabalho. Você está escolhendo um labor que você não vai ter vontade de fazer todos os dias. Você poderá até não odiá-lo, mas se pudesse escolher, ele não estaria nas suas escolhas Top 5.
E o caso de você se sentir motivado no trabalho exercido naquele concurso para o qual você passou tantos anos estudando? Bem, meu amigo, a não ser que você tenha a vocação para o posto deste concurso a muitos anos e que tenha insistido nele e em nenhum outro (que não é o caso da maioria dos concursandos), acho que você está no caminho certo. Essa motivação pode ser vista nessa determinação de insistir no que lhe motiva.
A falta de motivação é frequentemente o motivo psicológico desconhecido de tantos erros médicos, de tanta ineficiência no serviço público, da morosidade da justiça, da superficialidade nos relacionamentos, dentre tantas outras coisas.
Para os meus amigos e amigas, acho muito pertinente dizer-lhes para investigar quais são as suas prioridades e motivações. Na Sociedade atual, e principalmente para nós, jovens, é a Satisfação que nos seduz e nos conquista. É a proposta de um bom salário logo. De poucas horas de trabalho. Do prestígio de um posto. Mas ela (a satisfação) pode também ser o antídoto da nossa motivação. Trabalho sem motivação gera a Sociedade da Alienação e da Acomodação. Se você tiver a sorte de passar em um concurso e sentir-se motivado no posto, sinta-se um sortudo e, aliás já está na hora de jogar na loteria, pois isso não acontece com muitos. Só acontece com aqueles que correm atrás de conquistar Satisfação através da Motivação.

Investigue os Motivos que lhe levam a agir. Isso pode ser de grande ajuda, não só no campo profissional, mas em toda a sua vida!

sábado, 2 de abril de 2011

O Booom dos profissionais de Concursos Públicos: A que tipo de profissionais estamos entregando os Cargos Públicos do nosso País?



O assunto que quero me referir neste post é de extrema importância para a sociedade, mas chama mais atenção pela sua ausência em massa nos concursos públicos.
Concurso público é uma modalidade de seleção de profissionais com base em conhecimentos técnicos para algumas funções em órgãos públicos. Não tenho nada contra essa modalidade, porém não a acho suficiente para a contratação de profissionais competentes para os cargos.
Explico-lhes o porquê. Se o conhecimento técnico fosse suficiente para atestar que um profissional é adequado para um trabalho, as entrevistas de seleção de profissional e as outras técnicas e estratégias de seleção não deveriam ser usadas. Mas o que se vê é a expansão da utilização das mesmas! Por quê???
Ora ora, a resposta é muito simples: se apenas conhecimento técnico fosse o suficiente para capacitar um profissional, todo mundo que se preparasse em cursos técnicos e faculdades seria bem sucedido. Contudo, há de se convir que isso não é o que acontece. O sujeito tem dificuldade de encontrar trabalho. Ou fica de trabalho em trabalho, não dura muito tempo em nenhum. Quem não tem um amigo que começa um trabalho super empolgado, mas depois de 3 meses ele encontra-se super desanimado achando mil desculpas para o emprego? Ou quem nunca viu um currículo invejável de um professor tão sem habilidade para dar aula?
 De que se trata então a seleção de um profissional para um trabalho?
Trata-se de selecionar um profissional com base em outros quesitos, não apenas no conhecimento científico. Fala-se de competências comportamentais que são desenvolvidas no sujeito e não aprendidas em livros. Fala-se de atitude, de disposição para a ação, de um fazer que independe de conhecimentos técnicos. São habilidades que perpassam toda a história de vida do indivíduo. E conforme a nossa psicóloga P.H.D. Wedja Costa, trata-se de vontade. Enfim, são competências inúmeras, cada uma mais ou menos requerida para um cargo.
Mas o que isso tem a ver com os concursos públicos? Tudo! Concurso público seleciona futuros profissionais de serviços públicos! E quem aí nunca reclamou que os serviços públicos no Brasil ou demoram ou não funcionam? Isso é a prova de que os profissionais tem sido mal selecionados.
Temos contado com a sorte para que os profissionais selecionados para os cargos públicos possuam competências comportamentais para o que irão exercer. E acho que a sorte não tem andado muito do nosso lado, pois os serviços ofertados não estão melhorando!
Conhecimento técnico é fundamental, mas ele só será usado se o sujeito tiver competências comportamentais para saber o que fazer, quando fazer e para que fazer o que faz. Prova de concurso não avalia isso!
O professor J. J. Calmon de Passos, grande jurista do Brasil, fala um pouquinho no vídeo abaixo acerca de concurso público ser um processo de emburrecimento do sujeito. Façamos atenção ao que ele diz, mas também veja que ele desenvolveu competências comportamentais, por exemplo, técnicas para resolução de provas de concursos, que vão além de conhecer o conteúdo que cairia nas provas! Conforme ele, os países desenvolvidos não se utilizam mais de concursos públicos para selecionar seus colaboradores. É um palestra super interessante e se estiver interessado no assunto, leia na íntegra (http://www.youtube.com/watch?v=678x3AwXWZs)!

Com certeza essa é uma questão importantíssima para desenvolver e melhorar essa problemática eterna do nosso país!