segunda-feira, 18 de abril de 2011

O que você pensa sobre si?

O que você pensa sobre si, o que você sente acerca de si, a impressão que têm, o valor que se dá, são todos uma forma de descrever o Autoconceito: um conceito que tenta englobar toda a nossa especulação de nós mesmos!

É de muita relevância falar que o tal Autoconceito não é uma construção independente, ou seja, a gente não pensa o que quer sobre a gente! É difícil termos essa autonomia de olhar, pois vivemos em um mundo completamente socializado. É a socialização que nos constitui, e com absoluta certeza, que constitui o nosso Autoconceito. Portanto, gostaria de dizer algumas coisas sobre essa teia de socialização que constrói o autoconceito.
O Autoconceito começa a se construir no berço familiar, pois é lá que se estabelecem os primeiros vínculos, onde na interação com os pais, a criança passa a conhecer o que se espera dela, fazendo dos pais um ponto de referência a respeito de si. Pretende-se que a família contribua para formar um autoconceito positivo, com sentimentos de segurança, mas isso nem sempre é alcançado. Algumas pesquisas tem indicado que o autoconceito pode ser relativamente mais baixo em famílias de pais separados.
Em seguida, vemos que a Escola é de fundamental importância na constituição do nosso autoconceito, pois ela excede o papel de transmitir conhecimentos já que figura como um espaço rico de interações e promoção da socialização dos indivíduos. A escola integra a demanda cognitiva da aprendizagem do conteúdo e do mundo social. O diálogo dessas duas variáveis é determinante para o sucesso da criança nesse contexto, pois ela sente-se cada vez mais segura quando satisfaz as expectativas dos grupos que depositam nela uma demanda, a saber, os pais, os educadores e a sociedade. Os professores passam a fazer parte do referencial das crianças junto dos pais, enquanto que as outras crianças são os parâmetros para o que elas são capazes de realizar. Elas passam a construir a consciência do que podem ou não realizar, então, um fracasso escolar aparece como determinante para o insucesso da criança pois ele é visto como a falha com o compromisso mais acentuado e significante que ela tem nesta fase. Este fracasso pode gerar sentimentos de insegurança e falta de confiança. Quem não conhece inúmeras crianças que não tiveram bom desempenho nas primeiras séries do jardim de infância, mas mesmo assim foram passadas de ano? Isso acontece, pois, em alguns casos, se essas crianças permanecessem na mesma série, elas teriam um prejuízo emocional grandioso, maior do que a disparidade que sofreriam com a série seguinte.
Vê-se então o contexto relacional do autoconceito, como as representações dos alunos acerca das suas capacidades, realizações escolares e as avaliações que fazem dessas capacidades e realizações. 
Falar das correlações do Autoconceito com os Aspectos Físicos são, nos dias de hoje, questões indiscutíveis. A aparência é cada dia mais determinante para a aceitação dos indivíduos pelo meio social, no trabalho, pelo parceiro, contribuindo para que sejam mais bem aceitos, dentre tantas outras vantagens. 


Então deu para ficar mais claro que o que você pensa sobre si não é algo que você construiu sozinho? Embora você não consiga explicar ao certo tantos autoconceitos que tem sobre si, fique certo de uma coisa: você não construiu isso sobre si sozinho! E é por isso que ás vezes você se identifica com uma música, uma poesia, ou com um amigo! A grande sacada é saber como você construiu um autoconceito que talvez se martirize tanto por ele! Encontrar o significado dele pode ser um tanto quanto libertador, e quem sabe você descubra que neste autoconceito tem muito mais conceito dos outros do que seu!

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